quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Opinião - Quando o futebol passa ser caso de policia!


Nada justifica o ato de surrar um ser vivo e, humilhar sua essência com as expressões mais desaprovadoras que o vocabulário pode produzir.

O que chamamos de jogo de futebol, uma partida com o status de futebol amador, ter seu desfecho fora do solo sagrado, num Distrito Policial, com a abertura de um boletim de ocorrência, passa a não ser mais uma partida de futebol e, sim um caso de policia!

O que não entendemos como caso desta triste envergadura possa acontecer numa manhã bonita e ensolarada, com todos os ingredientes necessários para obter um ótimo e tranqüilo jogo de futebol. Lazer para quem passa pelo local. Lazer para quem pratica o esporte rei. Trabalho para que exercesse a nobre função (árbitro de futebol – regra 05). Ou seja, uma manhã saudável. Entretanto a indivíduos que não se apresentam com espírito do lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin: “O importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”, transformam este evento num campo de guerra, onde vencer passa ser mais valioso que sua decência de cidadão.

Será que os fatos violentos e sem escrúpulos que a televisão exibe nos telejornais, das paginais destinadas a este tipo de reportagem que ganham cada vez mais espaços dentro dos tablóides locais e, do stress semanal, pergunto: São estes os fatores que levam tais indivíduos a terem seus ápices de cólera justamente dentro de uma partida de futebol? Se a resposta for sim, não vejo outra alternativa, necessitam de um acompanhamento psicológico, estão doentes, não podem estar dentro de solo sagrado (campo de futebol – regra 01) e, sim numa clinica para ser tratarem.

O futebol não pode ser visto como via para descarregar a cólera e, sim o cabo de energia para recarregar as baterias físicas e emocionais. Para fazer novos amigos, compartilhar as alegrias e risos com os companheiros, se vencedor, dividir os ramos do triunfo e respeitando o empenho do vencido e, sim dando a devida reverência pelo pleito limpo e saudável, onde o espírito do esporte foi o grande vencedor.

Nota 01: Este artigo e dedicado aqueles que exercem a nobre função e foram covardemente agredidos por “marginais” que são vistos como heróis pelos dirigentes de clubes de futebol não profissional.

Nota 02: Dedico principalmente este artigo a amiga e companheira da nobre função, Fabiane Aparecida Martins, que foi no ultimo domingo dia 12 de setembro, sumariamente surrada aos pontapés dentro do solo sagrado por três “heróis” do futebol não profissional de Campinas/SP.

Texto escrito em Português do Brasil
Fonte: Valter Ferreira Mariano

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